A caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros),
arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros).
Contraditoriamente, a
flora dos sertões é constituída por espécies com longa história de adaptação ao
calor e à seca, é incapaz de reestruturar-se naturalmente se máquinas forem
usadas para alterar o solo. A degradação é, portanto, praticamente irreversível
na caatinga.
O aspecto geral da vegetação, na seca, é de uma mata
espinhosa e agreste, própria da região do sertão nordestino. É composta de
plantas xerófilas, adaptadas ao clima árido e seco, e a pouca quantidade de
água: os espinhos das cactáceas, por exemplo, têm a função de diminuir sua
transpiração.
A Caatinga tem índices pluviométricos muito baixos, em torno
de 500 a 700 mm anuais. Em regiões do Ceará, por exemplo, a menor média para em
época de seca pode chegar a apenas 200 mm, com temperaturas entre 24 e 26 graus
e ventos fortes e secos, que contribuem para a aridez da paisagem nos meses de seca.
O mês do período seco é agosto e a temperatura do solo chega
a 60ºC. O sol forte acelera a evaporação da água das lagoas e rios que, nos
trechos mais estreitos, secam e param de correr. Quando chega o verão, as
chuvas encharcam a terra e o verde toma conta da região.
Mesmo quando chove, o
solo raso e pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura
elevada (médias entre 25ºC e 29ºC) provoca intensa evaporação. Por isso,
somente em algumas áreas próximas às serras, onde a abundância de chuvas é
maior, a agricultura se torna possível.
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